O STF (Supremo Tribunal Federal) deverá retomar nesta quarta-feira (12 de junho de 2024) o julgamento da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5.090, que trata da aplicação da TR (Taxa Referencial) na correção de saldos de contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Na segunda-feira (10.jun), o procurador-geral da União, Jorge Messias, se reuniu com o presidente do STF, ministro Roberto Barroso, para falar sobre o tema. Após a reunião, Messias disse aos jornalistas que a AGU (Advocacia-Geral da União) aguarda a conclusão do julgamento devido ao “impacto fiscal significativo” para o governo.
O placar é de 3 a 0 seguindo o entendimento de Barroso (relator), que sugere que a remuneração anual do FGTS seja pelo menos igual ao rendimento da poupança. Ele estava acompanhado dos ministros André Mendonça e Nunes Marques.
Atualmente, o dinheiro do FGTS é corrigido por TR + juros de 3% ao ano. A alíquota foi criada em 1991, no governo Fernando Collor. Esta é uma taxa de juro de referência, que funciona como um indicador geral da economia do país.
O acórdão trata de uma ação movida pelo partido Solidariedade em 2014. A ação questiona a constitucionalidade da utilização da Taxa Referencial para atualização do FGTS.
O partido argumenta que taxa não acompanha mudanças na inflação desde 1999, causando perdas no poder de compra da população trabalhadora.
PROPOSTA DO GOVERNO
Messias disse que a AGU se compromete a garantir que o FGTS acompanhe o valor atual da inflação – o que a ADI exige – e que seja medido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
O procurador-geral da União afirmou ainda que informou a Barroso o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de abrir mesa de negociação com as centrais para discutir uma distribuição extraordinária para os trabalhadores. imediatamente após o término do julgamento.
Sobre a tendência de acordo por parte do relator, a AGU afirmou que o ministro Roberto Barroso “continuou estudando o assunto” e, “naturalmente, dará seu posicionamento na quarta-feira”.
IMPACTO
O tema é caro ao governo do presidente Lula porque impacta diretamente o setor habitacional, especialmente o programa Minha Casa, Minha Vida, que utiliza recursos do FGTS.
A AGU entregou a Barroso um memorial que reúne a proposta pactuada com os centros e informações da Caixa Econômica Federal sobre os impactos da remuneração da poupança. Aqui está o texto completo (PDF – 101 kB).
O documento compara a rentabilidade do FGTS e da poupança e mostra os efeitos na geração de empregos e na contratação de unidades habitacionais. Segundo a Caixa, cerca de 2,7 milhões de empregos deixariam de ser criados ou mantidos até 2030 e cerca de 682 mil unidades habitacionais deixariam de ser financiadas no período (12% do atual défice habitacional). Aqui está a apresentação completa (PDF – 1.807 kB).
Se aceita pelo Tribunal, a proposta da AGU seria menos onerosa para o governo, que estima um impacto de R$ 8,6 bilhões em 4 anos com a tese proposta por Barroso. Em abril de 2023, o relator da ação votou para que a correção fosse feita com base na caderneta poupança.
Com isso, a União ficaria isenta da necessidade de corrigir eventuais prejuízos aos trabalhadores em anos anteriores, quando a inflação foi superior ao índice inflacionário adotado para correção do FGTS – atualmente é reajustado pela TR (Taxa Referencial), com remuneração sobre dinheiro próximo de 0, mais 3%, o que representa a pior remuneração do mercado e causa prejuízo ao trabalhador.
As conversas começaram no final de outubro do ano passado e, desde então, o governo tem feito o possível para adiar a discussão no STF.
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