Após ganhos acumulados de 2,02% nas duas sessões anteriores, a moeda apresentou impulso reduzido nesta terça-feira, 11. Com mudanças de sinalização ao longo do dia, principalmente pela manhã, a moeda encerrou o pregão desta terça-feira, 11, em leve alta, em linha com o comportamento da moeda americana no exterior. Os investidores evitaram apostas mais decisivas às vésperas da divulgação do índice de inflação ao consumidor dos EUA e da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano).
Aqui, a possibilidade de interrupção do ciclo de cortes da taxa Selic pelo Banco Central neste mês, reforçada pela fraca leitura do IPCA em maio, já estaria incorporada ao câmbio, dizem traders. O IPCA acelerou de 0,38% em abril para 0,46% em maio, no teto das estimativas das Projeções da Broadcast. Houve também uma aceleração nas médias dos serviços básicos e subjacentes.
Com mínima de R$ 5,3732, o dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,08%, cotado a R$ 5,3610, ainda no maior valor desde 4 de janeiro de 2023 (R$ 5,4524). Pela manhã, o dólar chegou a apresentar queda, com mínima de R$ 5,3365, atribuída a ajustes e fluxo de exportação. Foi a terceira sessão consecutiva de avanço do dólar no mercado interno, que já acumula valorização de 2,10% em junho e de 10,46% no ano.
O economista-chefe do JF Trust, Eduardo Velho, vê um cenário mais rígido do dólar, com a recente piora da situação fiscal e das expectativas de inflação. Apesar de momentos de alívio no câmbio, com janelas pontuais de venda de dólares, o real deve continuar enfraquecido pelo fluxo desfavorável, com superávit comercial menor em relação ao ano passado e financiamento externo de empresas abaixo do esperado.
“Do lado fiscal, a situação ainda é ruim, sem garantia de compensação pela perda de arrecadação com a isenção e ainda sem aprovação de Lula para que a equipe econômica defina uma meta de crescimento nas despesas obrigatórias com saúde e educação”, diz Velho , que estima o piso informal do dólar em R$ 5,24.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou no final da tarde a devolução de parte da Medida Provisória que limita a compensação de créditos de PIS/Cofins, proposta do Ministério da Fazenda para recuperar parte do a receita perdida com uma redução gradual no alívio da folha de pagamento. A MP enfrenta forte resistência dos setores econômicos.
No exterior, o índice operou ligeiramente em alta, sofrendo mais uma vez em meio à turbulência política após o avanço da extrema direita no Parlamento Europeu e a convocação de eleições antecipadas na França. Entre as moedas emergentes semelhantes ao real, o real registrou perdas de mais de 1%, após a presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, indicar que as discussões sobre uma reforma constitucional no país devem começar em breve.
Para o sócio e CIO da TAG Investimentos, André Leite, não é possível atribuir a desvalorização do real ao ambiente global de dólar forte, dado que a moeda brasileira é a que apresenta maiores perdas entre seus pares no ano a data. Em comentário em rede social, ele afirma que o “carregamento menor, o imposto ruim (e dando a sensação de descontrole)” e, depois de maio, os impactos da calamidade no Rio Grande do Sul “explicam” o desempenho do real. “E vejam, o México sofreu um choque político nas últimas eleições”, afirma Leite.
Os analistas geralmente veem uma situação de dólar forte no mundo no curto prazo. É dado como certo que o BC norte-americano anunciará a manutenção da taxa básica na faixa entre 5,25% e 5,50% no quarto trimestre. As atenções voltam-se para as projecções dos responsáveis da Fed para a inflação e as taxas de juro, no chamado gráfico de pontos, e para a conferência de imprensa do presidente Jerome Powell.
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