Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – Após a alta da última sexta-feira, as taxas do DI fecharam a segunda-feira em baixa firme, especialmente entre os contratos de longo prazo, em meio a ajustes técnicos antes da divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e no exterior, enquanto nos EUA os rendimentos do Tesouro subiram .
A queda nas taxas futuras nesta segunda-feira, no entanto, compensou apenas parcialmente o forte avanço de sexta-feira, quando as taxas longas subiram mais de 60 pontos base em meio a ruídos sobre o cenário fiscal brasileiro.
No final da tarde desta segunda-feira, a taxa DI (Depósito Interbancário) de janeiro de 2025 – que reflete a política monetária no curtíssimo prazo e foi uma das poucas a subir na sessão – estava em 10,67%, ante 10,624 % do ajuste anterior. A taxa DI para janeiro de 2026 foi de 11,28%, ante 11,317% do reajuste anterior, enquanto a taxa de janeiro de 2027 foi de 11,59%, ante 11,695%.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2029 foi de 11,93%, ante 12,068%, e o contrato de janeiro de 2031 foi de 12,05%, ante 12,21%.
Na sexta-feira, rumores de que o governo teria sinalizado a possibilidade de mudanças no atual quadro fiscal aceleraram a alta das taxas na reta final do dia e desencadearam uma série de ordens de stop loss na curva, que amplificaram o movimento.
Quando o ministro das Finanças, Fernando Haddad, negou as especulações sobre o quadro no final da tarde de sexta-feira, os danos na curva a prazo já estavam feitos – as taxas dos contratos mais longos já tinham terminado acima dos 12%.
Assim, nesta segunda-feira as taxas DI sofreram ajustes para baixo desde o início da sessão. Às 9h18, a taxa contratual para janeiro de 2027 – uma das mais líquidas – marcava o mínimo do dia de 11,520%, queda de 18 pontos base em relação ao ajuste de sexta-feira.
Este movimento de baixa, no entanto, encontrou vários fatores atenuantes.
No exterior, os rendimentos do Tesouro subiram ao longo da curva, com os investidores se preparando para a divulgação do (IPC) e a decisão de política monetária, ambas na quarta-feira.
No Brasil, os profissionais citaram desconforto com o cenário fiscal ainda que, na sexta-feira, Haddad tenha descartado a possibilidade de mudanças no quadro. Além disso, houve alguma cautela antes da divulgação do índice oficial de inflação, o , na manhã desta terça-feira.
“O pregão de sexta-feira foi muito delicado, prejudicou muita gente lá fora. O mercado já estava apertado e entraram as informações ‘perdidas’ relacionadas ao Haddad”, comentou o gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado.
“Hoje o mercado corrige uma fração do que (a curva) abriu na sexta, ainda mais porque passa a fazer apostas para a divulgação do IPCA na manhã de terça”, completou.
Pela manhã, durante evento virtual, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou mais uma vez que a possibilidade de o mercado de trabalho apertado afetar a inflação de serviços é preocupante, embora esse impacto ainda não tenha sido observado no Brasil.
“Ainda existe esta ideia, embora não esteja a acontecer mecanicamente agora, de que em algum momento o mercado de trabalho muito apertado poderá afectar a inflação dos serviços de uma forma que seria uma ameaça à convergência da inflação no médio prazo”, disse ele.
Campos Neto alertou ainda que o prêmio de risco do Brasil medido pelos títulos do Tesouro Nacional atrelados à inflação, que têm retornos reais acima de 6,3% ao ano, é muito elevado.
“É uma taxa de juro real elevada quando se pensa na importância deste elemento para a estabilidade da dívida pública no longo prazo”, disse.
Nesse cenário, próximo ao fechamento desta segunda-feira, a curva de preços indicava 85% de chance de manutenção da taxa em 10,50% ao ano na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A probabilidade de o colegiado aumentar a Selic em 25 pontos-base neste mês – possibilidade que começou a ser cogitada pelos investidores na última sexta-feira, em meio ao barulho da sessão – foi cotada em 15%. Na sexta-feira, a probabilidade de manutenção estava em 95% e havia mais 5% precificados para aumento da taxa Selic.
Pela manhã, o BC informou que a mediana das projeções dos economistas para a inflação em 2024 subiu de 3,88% para 3,90% e em 2025 de 3,77% para 3,78% –neste caso, a sexta semana consecutiva de aumento.
Às 16h48, o índice de referência global para decisões de investimento subia 4 pontos base, para 4,467%.
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