A queda nos preços da soja e do minério de ferro fez com que o superávit da balança comercial caísse em maio. No mês passado, o país exportou US$ 8,534 bilhões a mais do que importou, anunciou nesta quinta-feira (6) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O resultado representa queda de 22,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, mas é o terceiro melhor dos meses de maio, perdendo apenas para os recordes de maio de 2023 (US$ 10,978 bilhões) e de 2021 (US$ 8,536 bilhões).
Apesar do menor saldo positivo em maio, a balança comercial acumula superávit de US$ 35,887 bilhões nos primeiros cinco meses de 2024. Este é o maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. O valor representa aumento de 3,9% em relação aos mesmos meses do ano passado.
Em relação ao resultado mensal, as exportações caíram, enquanto as importações permaneceram relativamente estáveis. Em maio, o Brasil vendeu US$ 30,338 bilhões ao exterior, queda de 7,1% em relação ao mesmo mês de 2023. As compras do exterior totalizaram US$ 21,804 bilhões, aumento de 0,5%.
Do lado das exportações, a queda no preço internacional da soja, do minério de ferro e da carne foi o principal fator para a queda nas exportações. As vendas de alguns produtos, como algodão, petróleo bruto e café, aumentaram no mês passado, mas não a um ritmo suficiente para compensar a diminuição dos preços de outros produtos.
Do lado das importações, caíram as compras de fertilizantes, petróleo e derivados, válvulas e tubos termiônicos e compostos químicos, mas aumentaram as compras de gás natural e veículos.
Depois de bater um recorde em 2022, após o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o mercadorias vêm caindo desde meados de 2023. A principal exceção é o minério de ferro, cujo preço vem reagindo devido aos estímulos econômicos da China, principal compradora do produto.
No mês passado, o volume de bens exportados caiu 1,9%, impulsionado pela queda nas vendas de combustíveis e aços semiacabados, enquanto os preços caíram 5,1%, em média, em relação ao mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 7,5%, mas os preços médios caíram 6,5%.
Setores
No setor agrícola, a queda dos preços pesou mais sobre as exportações. O volume de mercadorias embarcadas caiu 3,4% em maio em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto o preço médio caiu 15,7%. Na indústria de transformação, a quantidade caiu 8,4%, com o preço médio caindo 0,9%. Na indústria extractiva, que engloba a exportação de minerais e petróleo, a quantidade exportada aumentou 16,6%, enquanto os preços médios diminuíram apenas 2,1%.
Os produtos que mais se destacaram na queda das exportações agrícolas foram o milho não moído (-31,4%), frutas e castanhas não oleaginosas, in natura ou secas (-33,5%) e soja (-28,9%). Em valores absolutos, o destaque negativo fica com a soja, cujas exportações caíram US$ 2,347 bilhões em relação a maio do ano passado. O preço caiu 17,6%, enquanto a quantidade média diminuiu 13,7%.
Na indústria extrativa, as principais quedas foram registradas em minério de ferro e concentrados (-16,6%), outras matérias-primas (-37,6%) e outros minérios de metais básicos (-41,8%). No caso do ferro, o valor exportado caiu 16,6%, com a quantidade embarcada caindo 6,3% e o preço médio caindo 11%.
Em relação aos óleos brutos de petróleo, também classificados na indústria extrativa, as exportações aumentaram 35,9% em relação a maio do ano passado, principalmente devido ao aumento de 32,1% no volume de produção, cujo ritmo varia muito de um mês para outro. O preço médio subiu 2,9%.
Na indústria de transformação, as maiores quedas ocorreram em combustíveis (-18,4%), farelo de soja e outras rações para animais (-37,5%) e produtos semiacabados e lingotes de ferro ou aço (-54,7%). Com a crise econômica na Argentina, principal destino da indústria brasileira, as vendas para o país vizinho caíram 42,7% em maio em relação ao mesmo mês do ano passado.
Em relação às importações, as principais quedas foram registradas nos seguintes produtos: borracha natural (-18,7%), cevada não moída (-27,7%) e café não torrado (-96,6%), na agricultura; metais básicos (-10%) e carvão não aglomerado (-52,8%) e minério de ferro, na indústria extrativa; coques e semicoques de carvão e similares (-72,9%), adubos ou adubos químicos (-23,3%) e válvulas e tubos termiônicos (-16,9%), na indústria de transformação.
Em relação aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços médios caíram 27,5%, e a quantidade importada aumentou 5,7%.
Eu estimei
Em abril, o governo revisou para baixo a projeção de superávit comercial para 2024. A estimativa caiu de US$ 94,4 bilhões para US$ 73,5 bilhões, queda de 25,7% em relação a 2023. A próxima projeção será divulgada em julho.
Segundo o MDIC, as exportações cairão 2,1% em 2024, encerrando o ano em US$ 332,6 bilhões. As importações aumentarão 7,6% e fecharão o ano em US$ 259,1 bilhões. As compras ao exterior deverão aumentar devido à recuperação da economia, que aumenta o consumo, num cenário de preços internacionais menos voláteis do que no início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
As previsões são mais pessimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focopesquisa com analistas de mercado divulgada semanalmente pelo Banco Central projeta superávit de US$ 82,26 bilhões este ano.
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