Nesta quarta-feira (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, a Polícia Federal lançou a Operação Greenwashing, que visa desmantelar um grupo criminoso suspeito de vender cerca de R$ 180 milhões em créditos de carbono provenientes de áreas da União invadidas ilegalmente.
A corporação cumpre cinco mandados de prisão preventiva e 76 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amazonas, nos estados de Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Paraná, Ceará e São Paulo.
A Polícia Federal também cumpre 108 medidas cautelares além da prisão, oito suspensões de serviço público, quatro suspensões de registro profissional no Crea e sete bloqueios de emissão de Documentos de Origem Florestal (DOFs), além do sequestro de R$ 1,6 bilhão.
A operação na Amazônia Legal conta com o apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Receita Federal do Brasil (RFB), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), acadêmicos e profissionais de registro de imóveis.
Esquema de fraude fundiária
A investigação revelou um esquema de fraude fundiária que durou mais de uma década. O esquema começou em Lábrea (AM), envolvendo duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Essas fraudes resultaram na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.
Entre 2016 e 2018, a organização criminosa ampliou suas atividades ilícitas, reaproveitando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), com a colaboração de servidores públicos e gestores técnicos.
Nos últimos três anos, uma nova expansão das atividades ilícitas do grupo ocorreu nas regiões de Apuí e Nova Aripuanã, no Amazonas. As irregularidades identificadas incluem a emissão de certidões ideologicamente falsas por servidor da Secretaria de Terras do Estado do Amazonas (Sect-AM), a sobreposição de registros e a apropriação indébita de terras públicas.
Entre as atividades ilegais identificadas estão a silvicultura e a pecuária em áreas protegidas, incluindo a criação de gado “fantasma” para atender áreas com restrições ambientais, a venda de créditos virtuais de madeira e a obtenção de licenças ambientais fraudulentas.
Segundo as investigações, mais de 1 milhão de metros cúbicos de madeira em tora foram explorados ilegalmente, gerando danos ambientais estimados em R$ 606 milhões. A operação revelou ainda que a entidade obteve cerca de R$ 820 milhões em terras confiscadas.
A PF reforça que denúncias anônimas sobre crimes investigados pela Operação Greenwashing poderão ser enviadas pelo canal https://forms.office.com/r/UBmPaNbDxM. A corporação garante absoluta confidencialidade e proteção da identidade do denunciante.
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