Embora uma dieta com alimentos ultraprocessados esteja associada a diversas doenças, comer principalmente vegetais, frutas, grãos integrais, oleaginosas, peixes, laticínios com baixo teor de gordura e azeite, que são a base da dieta mediterrânea, agrega benefícios extraordinários à saúde — não surpreendentemente, um estudo provou que este modelo dietético é o melhor para controlar a pressão arterial.
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Segundo material revelado pela Universidade Harokopio, em Atenas, na Grécia, e publicado no European Journal of Clinical Nutrition, quanto maior a adesão à dieta mediterrânea, maior será a proteção arterial.
Os resultados foram observados após análise dos hábitos alimentares de 1.415 adultos gregos com mais de 20 anos.
Os benefícios dessa dieta são atribuídos principalmente à concentração de alimentos nutricionalmente nobres, que além de oferecerem uma ampla gama de nutrientes, também não necessitam de nenhum processo industrial no seu preparo.
Além disso, esses alimentos contêm minerais como potássio e magnésio, além de compostos conhecidos como polifenóis, os famosos antioxidantes e antiinflamatórios que, juntos, melhoram a função endotelial e atuam a favor da elasticidade dos vasos e outros fatores capazes de regular o pressão.
Essa dieta, vale lembrar, foi declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
E engana-se quem pensa que o padrão mediterrâneo se limita ao cardápio porque, por priorizar a presença de hortaliças, também valoriza a produção local e a sazonalidade dos alimentos. O modelo pode ser incorporado até mesmo em solo brasileiro, utilizando ingredientes acessíveis e amplamente disponíveis aqui.
é nutricionista com pós-graduação em Nutrição Clínica Esportiva
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